Cabeça oca,
sem sentimento
Nem o boné
na cabeça de vento!
Morreu à toa,
Lá na garoa
De São Paulo;
Leandro ia
Pela Paulista,
Quando o avista
Um malandrinho
Que assobiava
Um rapizinho!
Logo chegou:
"Me dá boné,
Seu mané!"
Leandro quis reagir
Feito um cachorro
Pôs-se a latir
E o seu osso,
O seu boné,
Tirou-lhe a vida
Quebrou o pescoço!
Um empurrão
Levou ao chão
Aquele jovem
E o sonho vão...
Bateu cabeça
Lá na calçada
Que, bem lavada,
De sangue então,
Presenciou
a morte fútil
De um jovenzinho
Boné inútil!
Nenhum comentário:
Postar um comentário